DICRÓ TAMBÉM TOCA AQUI…
RITMOS DO BRASIL quarta-feira, outubro 1st, 2014Dicró, nome artístico de Carlos Roberto de Oliveira, compositor, nascido em 14 de fevereiro de 1946, passou a infância em Mesquita, cidade da Baixada Fluminense, é um músico brasileiro de sambas satíricos que atua desde a década de 1970. Como bom sambista que é, pertenceu a ala de compositores da Beija-Flor de Nilópolis e da Grande Rio, em Caxias. O apelido Dicró lhe foi dado por acaso.
Segundo o poeta Sérgio Fonseca, na época em que integrava a ala de compositores de um bloco carnavalesco de Nilópolis, os sambas de sua autoria eram impressos com as iniciais de seu nome CRO, com o tempo e os erros tipográficos o “De CRO” mudou para “Di CRO” e posteriomente Dicró.
Ao lado de Moreira da Silva, Osmar do Breque, Germano Mathias e Bezerra da Silva, é considerado um dos principais sambistas da linha humorística. Foi o principal incentivador da obra do Piscinão de Ramos, na praia de Ramos no subúrbio do Rio de Janeiro.
Para o piscinão compôs diversas músicas, sendo considerado o “Prefeito do Piscinão”, no qual mantém um treiler com seu nome, ponto de encontro de sambistas e novos grupos de pagode.
No ano de 1976 Roberto Ribeiro gravou “Samba do sofá”, em parceria com Geraldo Babão, sua primeira música gravada. No ano seguinte, ao lado de Dedé da Portela, Picolé da Beija-Flor, Cartolinha, Conjunto Realidade, Carlão Elegante, Djalminha, Matias de Freitas e Rubens Confeti, participou do disco “A hora e a vez do samba”, produzido por Ramalho Neto. No LP interpretou de sua autoria “Barra pesada” (c/ José Paulo) e “Mão no fogo”. Em 1978 lançou o primeiro disco “Barra Pesada”, que logo chamou a atenção do público e da crítica pelas composições de cunho humorístico, quase sempre retratando lugares como Praia de Ramos, morros cariocas e Baixada Fluminense, além de personagens do cotidiano como sogra, ex-mulher, políticos inescrupulosos, bandidos e dondocas da Zona Sul. Do primeiro LP destacaram-se “Botei minha nega no seguro” (c/ G. Martins), “Barra pesada [Melô da Baixada]” (c/ José Paulo) e “Cadê a mulher desse lugar” (Dico da Mangueira e Silva Filho).
Foram também incluídas neste mesmo disco: “Baixinho” (Elias do Parque e Édson Show), “O barrigudo” (c/ Elias do Parque), “Espírito mau” (Sebastião Adilson) e “Joãozinho e sua história”, de autoria de Tonicão e Jota Ramos. No ano seguinte, também pela gravadora Continental, gravou o LP “Dicró”, no qual foram incluídas “Chatuba” (c/ Elias do Parque), “Olha a rima” (c/ Dias) e “Se o bigode falasse”, em parceria com Savinho, todas executadas com razoável sucesso na época. Em 1980, pela Continental, lançou o LP “Dicró”. A composição “Praia de Ramos”, de Ivany Miranda, Oswaldo Melo e Afranio Melo, foi executada exaustivamente em várias emissoras por todo o país, tornando-se um dos grandes sucessos do cantor. No disco também foram incluídas “Cachorro quente” (Bonfim do Sete, Ponga e W. Diogo), “É castigo” (Gracia do Salgueiro).
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